Refletindo sobre a questão das presença de pessoas com deficiência na minha vida vejo que começou muito cedo essa relação, o que vejo ter sido fundamental para a minha formação.
Desde que eu nasci já havia em minha família minha tia-avó e meu tio deficientes por terem contraído meningite quando eles ainda eram crianças, ficando com sequelas. Assim fui crescendo aprendendo a respeitar e conviver com as diferenças.
Ainda quando eu era criança, lembro de ter um vizinho com síndrome de down, mesmo assim brincávamos e convivemos até minha família se mudar.
Pode parecer até estranho mas, assim como a arte ia entrando na minha vida de criança, meus pais também traziam a preocupação com o social e com as pessoas com deficiência. Foi a época que tive contato com os pintores com a boca e os pés. E ficava encantada com as imagens dos cartões de natal que eles pintavam e eu alegremente com minha família enviávamos.
Portão Florido
Pintado com a boca e o pé
Artista: Stanislaw Kmiecik
Durante a adolescência, esse convívio foi muito escasso. Assim como no inicio da minha vida adulta.
Até que recentemente, já formada em arquitetura e atuando como professora do IFSP campus Registro, tive a oportunidade incrível de ter um aluno cadeirante. Onde pude aprender com ele e com seus colegas a conviver diariamente com essa diferença que só enriquecia a todos.
Ainda nesse período conheci outros cadeirantes que me fizeram repensar a minha própria vida com suas histórias de superação e de luta pelos seus direitos.
Hoje sou professora do IFSP campus Jacareí e não tenho contato com nenhum deficiente.
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